CÂMARA MUNICIPAL
DE DUARTINA

Vereadora pede vacinação anual contra Cinomose e outras doenças e SENSO PET

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A Vereadora Ana Paula, nesta última sessão, indicou ao Prefeito a possibilidade de realizar vacinação anual contra a cinomose e outras doenças, como parvovirose e leptospirose, por meio da vacina múltipla (V12 ou afim), nos cães em situação de vulnerabilidade de Duartina, ou na impossibilidade inicial do atendimento dessa indicação que seja feita uma campanha de conscientização sobre essa vacinação.

A cinomose é uma doença altamente contagiosa, causada pelo Vírus da Cinomose Canina (VCC) que ataca vários órgãos do organismo do animal. O vírus pode permanecer ativo até um ano no ambiente. A cinomose pode ser tratada, mas a cura não é garantida, pois não há um medicamento específico para tratar a doença. A única maneira de se evitar a cinomose é com a vacinação dos cães. Outro cuidado fundamental a ser tomado é manter os animais doentes isolados e, após o tratamento, o ambiente deve ser limpo e desinfetado.

Qualquer cachorro, em qualquer idade, pode ser contaminado com cinomose de diferentes formas. O vírus é transmitido por meio do contato com secreções (secreção nasal proveniente de espirros, vômitos, fezes etc) do cão doente (com sintomas ou não) para outro que seja suscetível (animal não vacinado ou em fase de vacinação). Os primeiros sintomas da cinomose são perda de apetite, febre, vômito e diarreia, falta de coordenação, apatia. Se a cinomose evoluir para os estágios finais sem que o cachorro receba tratamento, podem ocorrer danos neurológicos difíceis de tratar, sendo que o veterinário pode sugerir a eutanásia do animal.

Infelizmente, por não ser considerada zoonose (doenças de animais transmissíveis ao ser humano), a cinomose está excluída das políticas públicas na área da saúde animal. No Brasil, apenas 1 em cada 5 cães é vacinado contra essa doença anualmente. Programas de vacinação em massa poderiam reduzir drasticamente a incidência dessa doença.

A Vereadora também indicou a possibilidade de realizar censo populacional de cães e gatos (Censo Pet).

Por trata-se de um levantamento da quantidade de animais domésticos do município para que, a partir daí, seja possível planejar políticas públicas de vigilância e combate a zoonoses, como a raiva e a leishmaniose, além de auxiliar na implementação de programas eficientes de vacinação, castração e microchipagem dos animais com a devida identificação de seus proprietários, diminuindo ou quase erradicando o abandono de cães e gatos. Por conta de todos esses benefícios, o censo influencia diretamente na saúde pública de todos os munícipes, não só dos animais em questão.

Alguns municípios realizam esse censo por meio da Secretaria de Saúde, Vigilância Sanitária e agentes de endemias (como o município de Crato no Ceará). Os agentes de endemias visitam as residências, fazendo o levantamento do número de cães e gatos no município por meio da aplicação de um questionário sobre tipo de espécie, se são castrados, se foram vacinados contra a raiva, entre outras.

Essas indicações estão alinhadas de forma direta ao ODS 3, Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU que fala de Saúde e Bem-Estar, em sua meta 3.d, que visa “Reforçar as capacidades locais para o alerta precoce, redução e gerenciamento de emergências e riscos nacionais e globais de saúde”.

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