Uma reunião no final da tarde desta segunda feira (29) entre a prefeitura de Duartina, Polícia Civil, Polícia Militar, Associação Comercial e Industrial de Duartina, vereadores, representantes das cidades de Lucianópolis e Cabrália, imprensa e diretoria do Hospital Santa Luzia, definiram uma parceria com objetivo de intensificar a fiscalização do cumprimento das regras da fase emergencial do Plano São Paulo na cidade.
O apoio das Polícia Civil e Militar ao setor de fiscalização da prefeitura terá como um dos principais alvos as festas clandestinas e a aglomeração na praça da matriz e bares da cidade que têm promovido a aglomeração de jovens, com alto risco de disseminação do coronavírus.
Durante a reunião o médico Dr José Maldonado explicou que, o caos no atendimento à saúde já chegou em Duartina assim como no resto do país. Diise que, embora o Hospital está preparado para receber pacientes com o covid-19, sua estrutura não comporta a demanda.
“Hoje, o nosso hospital comporta seis pacientes intubados por um período determinado. Nós não temos UTI, temos apenas semi intensiva e os casos são graves. Sábado vivenciamos um fato muito triste, Tínhamos seis pacientes covidário e todos graves. Eram pacientes jovens, idosos, crianças enfim, de todas faixas etárias”.
A falta de leito hospitalar em Duartina se mostra com idêntico com as outras cidades. “Não temos com enviar pacientes para Bauru, Marília, Lençóis Paulista, Botucatu ou qualquer outra, porque, até essas cidades estão tentando enviar pacientes para nossa cidade”. Disse Dr. José Maldonado.
A coordenadora do Hospital Cilene Aparecida Rodrigues falou que além de quartos está faltando medicamentos, remédios e até oxigênio. “Nós não estamos conseguindo comprar remédios, medicamentos e nem oxigênio, porque as empresas não estão fornecendo e isso, ocorre nos demais hospitais, porque todo dia a gente recebe ligação de outros hospitais, inclusive até o Hospital Estadual de Bauru, já implorou para gente arrumar remédios para o covid”. Disse a coordenadora do Hospital.
Para o médico Dr. José Maldonado não há outra alternativa a não ser a consciência social, que é a quarentema, o resguardo domiciliar, o uso de máscara e álcool gel, ou vamos ver gente sendo internado e morrendo sem atendimento médico. O médico também explicou que o covid-19, não existe tratamento precoce. “Não me venham falando em ivermectina, azitromicina, cloroquina isso tudo não funciona, já está mais que comprovado”.
No final da reunião foram pontuados algumas medidas a serem editadas pelo prefeito da cidade e que tiveram aprovação de todos. Entre as medidas a serem impostas estão:- Horário restrito a todos os comércios (essenciais ou não), proibição de vendas de bebidas alcoólicas aos finais de semana, toque de recolher, entre outras medidas.
No caso de festas clandestinas, a ideia da parceria entre as Polícias Civil e Militar é encontrar formas de punir os organizadores de forma mais severa, assim que forem identificados. Ou seja, além das punições administrativas (multas, interdições), os infratores ficarão sujeitos a punições de ordem criminal.
“Nossa atuação é encontrar a realização de festas através da investigação policial e identificar seus promotores para que sejam responsabilizados criminalmente. Há várias possibilidades de enquadramento, desde os crimes contra a saúde pública, mas há também casos que pode acontecer o crime de associação criminosa, corrupção de menores e até tráfico de drogas”, explicou o delegado Dr. Paulo Calil.
Segundo o prefeito Juninho Aderaldo, o apoio dos policiais será fundamental, já que, segundo ele, o efetivo da prefeitura não é suficiente para atender a todas as denúncias.
“Não temos braço suficiente só com os servidores da fiscalização, que não conseguem cobrir uma cidade de quase 13 mil habitantes. Por isso o apoio da Polícia Civil e Militar será fundamental não só na investigação, mas também na prevenção e conscientização”, disse o prefeito.
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